Dicas

Trilobites de ouro e prata
Geopark lança Geo-Jóia

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O Geopark Naturtejo acaba de lançar um novo geoproduto, mas na área da ourivesaria. Trata-se de uma colecção de pequenas réplicas de fósseis de trilobites produzidas em prata e em ouro pelas sábias mãos do mestre Paulo Dias, ourives das oficinas de Febres (Cantanhede), umas das mais importantes do país.

As peças, para além de serem valiosas do ponto de vista económico contam a história de 468 milhões de anos e constituem excelentes réplicas (em tamanho reduzido) dos fósseis de trilobites encontrados no território geopark.

O trabalho desenvolvido por Paulo Dias foi apresentado no Centro de Ciência Viva de Proença-a-Nova, no final do workshop "Do Ouro à Jóia: a Arte do Ourives". Para Paulo Dias, o produto apresentado constitui um excelente instrumento de divulgação daquilo que também é identificativo do Geopark. "Mais antigo do que o próprio ouro só mesmo estas trilobites que datam de há 468 milhões de anos: ambos existem nesta região em abundância, fazia sentido uni-los num geoproduto que todos possam comprar no Geopark para levar um bocadinho deste para casa como recordação".

naturtejo1.jpgPara os responsáveis da Naturtejo "esta é, sem dúvida, uma forma preciosa de ter dois símbolos do Geopark Naturtejo, ao nível dos patrimónios geológico e arqueológico, que tanto têm contribuído para dar a conhecer a região no país e além fronteiras".

Paulo Dias, que faz parte de um dos mais importantes centros da ourivesaria nacional, levou a Proença-a-Nova, a tradição de uma aldeia do litoral que se imiscui no território raiano há largas décadas, quando os ourives de Cantanhede se deslocavam por aqui nas suas bicicletas a comprar o ouro ou a trocá-lo por brincos para o enxoval ou cordões "para a Santa".

A apresentação daquelas peças vai ao encontro daquilo que é a história do território Naturtejo. Uma extensa área rica em ouro onde, como explicam os responsáveis do Geopark, os vestígios da sua exploração remontam ao período romano ou até mesmo ao Calcolítico.

No território são muitos os exemplos da existência de ouro na região, como as muitas "conheiras" ou "conhais" nos rios Tejo, Erges, Aravil, Tripeiro e Ocreza. Zonas, onde o ouro ainda é uma promessa, e que para as quais, tal como o Reconquista noticiou, foram feitos cinco pedidos de concessão por empresas mineiras portuguesas e estrangeiras, em que se destaca a zona de Sarzedas-Ribeira do Alvito.

A criação destas peças vem complementar a actividade que o próprio Geopark tem desenvolvido em torno da temática do ouro, como o demonstram os programas turísticos para encontrar ouro na Foz do Cobrão. Programas que aliam ainda a vertente gastronómica e de turismo natureza. "Com o apoio e conhecimento dos locais que, em tempos idos, se especializaram nas técnicas da «gandaia» ou do garimpo do ouro, a nova «febre» tem promovido a região nacional e internacionalmente.

 
 
 
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