A importância da composição e evolução química natural dos materiais e a contribuição das actividades humanas nas modificações ambientais e na saúde humana, foram alguns dos temas em análise no VIII Congresso Ibérico de Geoquímica, que decorreu de 24 a 28 de Setembro, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB).

A iniciativa, como explicou Isabel Margarida Antunes, coordenadora do Congresso e docente na Escola Superior Agrária, "reuniu investigadores oriundos de Portugal, Espanha, Brasil e Estados Unidos".

A docente destacou a importância do evento pelos temas abordados e pelos intervenientes, lembrando que "no total foram apresentadas cerca de 110 comunicações científicas". Este número de comunicações fez com que os trabalhos decorressem em dois auditórios da escola".

Celestino Almeida, director da escola, considera que a realização de um evento desta dimensão representa a "a maturidade organizativa e científica da escola". No entender daquele responsável esta é a demonstração que a ESACB está ligada à comunidade. "A escola tem três grandes vertentes: formativa, prestação de serviços e abertura à comunidade/investigação/transmissão de conhecimento. A realização deste evento demonstra essa abertura".

Para o vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), José Carlos Gonçalves, a realização do congresso na ESACB "demonstra a capacidade científica e logística do instituto".

José Carlos Gonçalves classifica este tipo de encontros "fundamentais para a comunidade científica, já que permite a troca de experiências entre os investigadores e fomenta a troca de contactos entre os participantes".

Os trabalhos abordaram ainda outros temas, como as actuais técnicas analíticas e a relevância da modelação espacial de dados químicos, como sejam a prevenção da contaminação de águas superficiais e subterrâneas, solos e atmosfera.