Universidade do Minho
Projecto quer limpar spam
O Centro Algoritmi da
Escola de Engenharia da Universidade do Minho está a desenvolver um
projeto de deteção de spam a nível mundial, que pretende capturar
uma parte importante de correio eletrónico não solicitado. A
tecnologia, intitulada SPAM Telescope Miner (STM), "vai atuar numa
lógica diferente da atualmente utilizada, conseguindo uma
caracterização da informação sobre spam, com maior qualidade",
explica Paulo Cortez, investigador principal e professor no
Departamento de Sistemas de Informação.
Este trabalho, ao
contrário dos filtros convencionais - que atuam com técnicas de
"Data Mining" (análise de conteúdo) ou de "Blacklisting" (partilha
de informação sobre spam), bloqueando o correio indesejado ao nível
do servidor ou do cliente -, desenvolve-se num telescópio de spam,
inspirado no conceito de telescópio de redes. Através desta
técnica, pretende-se criar uma base de dados que reconhecerá uma
parte significativa do correio eletrónico indesejado a circular no
mundo, identificando diferenças entre spam e ham, não só em relação
ao conteúdo das mensagens mas também das suas características ao
nível da rede, bem como perceber como evolui, ao longo do tempo, o
tráfego de spam mundial.
Como potenciais
destinatários deste protótipo tem-se os utilizadores gerais de
correio eletrónico, mas também, os administradores de redes, os
fornecedores de Internet e outras organizações que operam na era da
sociedade da informação. Através da distribuição da sua base de
dados a nível mundial, o STM continua a desenvolver o seu estudo de
análise qualitativa ao spam em circulação. Este projeto envolve um
conjunto de investigadores e entidades estrangeiras, nomeadamente a
University College of London, e foi financiado pela Fundação para a
Ciência e a Tecnologia.