Aveiro tem projeto
Aveiro quer minimizar a demência
É, provavelmente, a síndrome que mais
exige, física e emocionalmente, de quem cuida de pessoas por ela
afetadas. Dá pelo nome de demência, degenera progressivamente as
capacidades intelectuais e afeta cerca de 153 mil portugueses. E o
número não pára de aumentar. Para melhorar a qualidade de vida dos
doentes institucionalizados afetados pela síndrome, a Escola
Superior de Saúde da Universidade de Aveiro está em quatro lares
para pessoas idosas do distrito de Aveiro a ensinar estratégias de
estimulação multissensorial e motora a quem deles cuida.
As ações abrangem cerca de 60
auxiliares dessas instituições, todas mulheres, que têm a cargo o
dia-a-dia dos cuidados diretos aos doentes. A estimulação
multissensorial e motora são formas de intervenção não
farmacológica e inovadoras em Portugal (e um pouco por todo o
mundo), que permitem retardar a progressão dos sintomas da
demência.
"A investigação na área diz-nos que
as intervenções não farmacológicas têm um espaço de intervenção
muito produtivo junto desses doentes", aponta Alda Marques. A
coordenadora do projeto quer, por isso, ver "a estimulação
multissensorial e motora, ao contrário do que hoje acontece no
país, mais implementada na rotina destes utentes".