Ensino Superior
Receitas próprias são válidas
O
secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes,
garantiu à agência Lusa que as instituições de Ensino Superior
podem continuar a captar e a utilizar as receitas próprias como têm
feito.
De acordo com o secretário de Estado a interpretação contrária
deveu-se a "um mal entendido" relacionado com uma norma orçamental
que visa assegurar a não inscrição de despesas nos orçamentos que
depois não possam ser "cobertas por receitas reais".
Os reitores anunciaram a renúncia à
apresentação dos orçamentos para o próximo ano, em protesto contra
uma norma da proposta de Orçamento do Estado para 2014 que
alegadamente receitas superiores às conseguidas em 2012.
"Todas as receitas próprias podem
ser utilizadas plenamente pelas instituições como têm sido", disse
o governante, defendendo simultaneamente a manutenção de normas que
permitam alguma economia das receitas públicas.
Ferreira Gomes sublinhou que as
universidades têm feito um excelente trabalho na captação de
receitas próprias, mantendo a qualidade do ensino, apesar dos
"muitos sacrifícios".
De acordo com o secretário de
Estado, nunca estiveram em causa os projetos europeus e
internacionais.
"A dúvida surgiu relativamente a
outras receitas próprias e estou em condições de dar como garantia
que não há nenhuma limitação à captação de receitas e depois à
utilização dessas receitas por parte das instituições",
declarou.
O secretário de Estado indicou ainda que o processo de envio dos
orçamentos está a decorrer normalmente.