Politécnico

Proença e Ródão hipertensos

A população adulta dos concelhos de Proença-a-Nova e Vila Velha de Rodão apresenta valores de prevalência de Hipertensão Arterial muito elevados. Esta é a conclusão de um estudo realizado pela Escola Superior de Saúde de Castelo Branco e que agora foi divulgada.

De acordo com o comunicado enviado à imprensa pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, mesmo a população que "faz terapêutica anti-hipertensiva apresenta valores de pressão arterial acima dos valores de normalidade. Este facto pode ser justificado com a racionalização da medicação por questões económicas".

Este estudo, desenvolvido no âmbito da Licenciatura em Cardiopneumologia pela aluna finalista Sandra Rodrigues, com orientação técnico cientifica da docente Patrícia Coelho e orientação estatística do docente Alexandre Pereira, surge na sequência de outros realizados pela escola sobre a prevalência de Hipertensão Arterial na população adulta em diversos concelhos do distrito de Castelo Branco.

Os dados recolhidos recentemente mostram que a população adulta dos concelhos de Proença-a-Nova e Vila Velha de Rodão é hipertensa. "No concelho de Proença-a-Nova os valores obtidos são 53,6% enquanto no concelho de Vila Velha a prevalência de Hipertensão Arterial é ainda maior - 64,9% -, determinando-se assim uma prevalência global de 57,5%. A investigação foi realizada numa amostra representativa dos dois concelhos estudados, constituída por 1903 indivíduos de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 18 e 90 anos".

O estudo mostra ainda que para Vila Velha de Rodão, 54,3% dos inquiridos afirmaram tomar fármacos anti-hipertensores, destes 58,1% estavam controlados, 41,9% não controlados e 23,3% não tinham conhecimento de ser hipertensos. Relativamente ao concelho de Proença-a-Nova, 40,5% dos inquiridos afirmaram tomar fármacos anti-hipertensores, destes 50,9% estão controlados, 49,1% não controlados e 21,9% não tinham conhecimento de ser hipertensos.

Na mesma nota enviada à imprensa é referido que "grande parte da população hipertensa submetida à terapêutica anti-hipertensiva apresentar valores de pressão arterial acima dos valores de normalidade. Estes resultados podem ser justificados com a existência de uma preocupação crescente com fatores económicos que condicionam o nível de saúde da população". Na recolha dos dados para o estudo, foi verificado que grande parte dos indivíduos que tomam medicação anti-hipertensiva afirmaram fazer uma racionalização da mesma, "tomando apenas metade do comprimido ou um comprimido dia sim, dia não", de forma a rentabilizar durante mais tempo a medicação e desta forma uma maior contenção dos gastos.

Refira-se que a hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública com elevada prevalência mundial que ronda aproximadamente 25 a 30% da população adulta, sendo responsável por 7,6 milhões de mortes por ano.

 
 
 
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