O campeão universitário de natação nos 50 e 100 metros bruços, Henrique Neiva, aluno da Universidade da Beira Interior (UBI), acaba de conceder uma entrevista ao jornal daquela universidade, o Urbi@Orbi, onde revela que teve uma época para recordar pelos melhores motivos, fala da experiência na modalidade, de como foi recebido na equipa da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) e da experiência de estudar na UBI, onde frequenta o doutoramento em Ciências do Desporto.

"Com os quatro títulos nacionais universitários [vitórias nos 50 e 100 metros bruços em pista de 25 metros (com recorde nacional), em janeiro, e nas mesmas distâncias, mas em piscina da 50 metros, em junho], pode dizer-se que foi uma época bastante positiva", refere o atleta da Associação Académica, equipa onde considera ter sido "muito bem recebido por todos os elementos, desde a parte administrativa aos responsáveis pela equipa e mesmo colegas". Uma entidade que o reconheceu também com o Prémio Percurso Desportivo, na última Gala do Desporto.

Em termos futuros, considera que é tempo de decisões. "Depois de 20 anos de carreira competitiva em natação pura desportiva, em que vários títulos e prémios foram conseguidos, a minha vida académica e profissional assumiu preponderância. Por isso, para mim foi muito importante poder entrar na equipa de natação da AAUBI e, desta forma, poder continuar com a minha carreira em natação competitiva". Mas as vantagens da instituição que escolheu para realizar o Doutoramento. "Para esta escolha tenho que realçar a importância que teve o professor Daniel Marinho, que me deu a conhecer o trabalho que vinha a ser desenvolvido pelo Departamento de Desporto da UBI, integrado num dos melhores centros de investigação desta área, o CIDESD. Eu já conhecia também o trabalho de topo realizado na área da investigação pelos que são agora meus orientadores, os professores Daniel Marinho e Mário Marques".

A sua investigação centra-se no estudo do efeito do aquecimento no rendimento em natação pura desportiva, área em que a investigação é escassa e o conhecimento ambíguo. "A verdade é que, na grande parte dos desportos, o aquecimento é tido como fundamental e uma prática necessária para obter o melhor rendimento. No entanto, esta é uma 'verdade' obtida mais por 'tentativa e erro' por parte dos treinadores e desportistas, do que por factos científicos", conclui.