Politécnico de Castelo Branco
Alunos internacionais pagam menos
O
Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) decidiu baixar o
valor anual da propina do estudante internacional de 2100 euros
para 1100 euros, disse ao Ensino Magazine o presidente da
instituição, Carlos Maia. A proposta foi aprovada no último
Conselho Geral.
Na mesma reunião do Conselho Geral,
o Politécnico manteve o valor das propinas para a licenciatura em
840 euros, para os mestrados em 990 euros e para os Tesp's em 500
euros.
A redução em mil euros da propina
dos estudantes internacionais é vista pelo presidente do
Politécnico como uma forma de "aumentar a captação de alunos de
outros países, os quais têm procurado o IPCB, têm manifestado
vontade de vir estudar para cá mas devido a dificuldades
financeiras têm vindo a adiar a concretização desse objetivo".
Carlos Maia explica que "ingressaram no ano letivo anterior
(2015/16) no IPCB 32 alunos ao abrigo do estatuto de estudante
internacional, maioritariamente oriundos de Cabo Verde, Moçambique,
Angola e Brasil, prevendo-se que esse número possa aumentar no ano
letivo de 2016/17".
A expetativa é elevada, sobretudo no
que respeita a alunos vindos dos Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa (Palops). Isso mesmo ficou espelhado durante a visita
que o Presidente da República de Cabo Verde fez a Castelo Branco.
Na altura, Carlos Maia mostrou disponibilidade em colaborar com as
entidades dos dois países no sentido do Politécnico poder receber
mais alunos cabo-verdianos. "Neste momento estudam no IPCB 62
alunos de Cabo Verde. Na visita que fiz a Cabo Verde senti a
vontade de muitos jovens virem estudar para aqui. Pelo que lhe pedi
para desbloquear alguns constrangimentos sobretudo na atribuição de
vistos, para que o sonho destes jovens possa ser concretizado.
Estamos totalmente disponíveis para receber alunos de Cabo Verde,
sobretudo estudantes do secundário, mas também para colaborar com a
recém-criada Universidade de Cabo Verde. Hoje há muitos diplomados
pelo IPCB que são altos quadros em Cabo Verde", disse na altura o
presidente do IPCB.
Na mesma ocasião o Presidente da
República de Cabo Verde, Jorge Fonseca, mostrou-se empenhado em
poder contribuir para a questão dos vistos de entrada em Portugal.
"Todos temos que trabalhar para que os constrangimentos da vinda de
estudantes sejam ultrapassados. Aquilo que poder fazer, fá-lo-ei.
Mas o problema está relacionado com as autoridades portuguesas e
com os vistos das entradas em Portugal. Nós percebemos que as
exigências decorrem da integração de Portugal num espaço mais
vasto, a União Europeia. Mas sempre com boa vontade, até porque
Cabo Verde faz parte da CPLP e além disso tem um acordo de parceria
especial com a União Europeia, faremos todos os possíveis para
ultrapassar essas questões".