Politécnico

Sistemas inteligentes
Politécnico do Porto coordena projeto

ISCAP IPP.jpgUma equipa de investigadores do Instituto Politécnico do Porto (P.Porto) está a coordenar o projeto EKRUCAmI - Europe-Korea Research on Ubiquitous Computing and Ambient Intelligence internacional o qual pretende desenvolver sistemas de ambientes inteligentes personalizados e adaptáveis ao ser humano e ao contexto, na área da saúde, agroalimentar e da tomada de decisão.

O trabalho, coordenado pelo investigador do P. Porto, Carlos Ramos, pretende criar sistemas inteligentes cujos dispositivos, espalhados em vários locais, interagem com o ser humano, de "forma perspicaz e discreta".

Em declarações à Imprensa, Carlos Ramos afirmou que o planeamento sobre as decisões e ações a tomar, o aprender sobre o meio envolvente e os aspetos associados, a interação com o ser humano e o controlo da ação sobre o ambiente como outros dos fatores que caracterizam estes sistemas, que "não devem ser vistos como atividades isoladas, mas como um conjunto de atividades".

O investigador exemplifica: "Quando entramos em casa há uma divisão que acende as luzes. A primeira coisa que fazemos é desligá-las. No dia seguinte, mais ou menos a mesma hora, acontece o mesmo. Se a partir da terceira vez isso se repetir, não podemos considerar que este seja um ambiente inteligente, visto que não teve capacidade de aprender com o utilizador".

Estes sistemas podem ser utilizados para acompanhar, por exemplo, idosos que vivem sozinhos e que necessitam de controlo, recolhendo informação através de sensores, permitindo detetar uma queda ou se estão parados no mesmo local muito tempo, entre outras situações.

Quando estes ambientes inteligentes estão associados a um sistema de irrigação (setor agroalimentar), a sua atuação pode depender de fatores que são detetados por sensores de temperatura e de humidade, mas também podem usar a previsão do tempo, economizando, desta forma, recursos.

"A lógica do ambiente inteligente não é usar uma série de sensores e atuadores que substituam o ser humano, mas sim admitir que o ser humano existe, que está num determinado local, e que a tecnologia aí embutida vai interagir com o mesmo, de forma adaptada e contextualizada, mas não obstrutiva", concluiu Carlos Ramos.

No projeto estão também envolvidas a Universidade de Salamanca, em Espanha, a Universidade Nacional de Suncheon e a Universidade Católica de Daegu, ambas da Coreia do Sul.

O EKRUCAmI, no qual participaram até à data cerca de 20 investigadores - que fizeram mobilidade em ambos os sentidos -, foi financiado, do lado europeu, pelo programa de I&D Europeu do 7º Programa-Quadro (FP7), em 210 mil euros.

 
 
 
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