Pela objetiva de J. Vasco
Sobre o retrato
Por razões circunstanciais tirei uma série de
retratos ao Adriano Reis, Cabo Verdiano a residir em Portugal, que
tem por profissão ser contador de estórias, normalmente de Cabo
Verde. Se tirar um retrato pode ser um ato de carinho, editar o
mesmo deve ser um ato de amor. O retrato não é aquela pessoa, mas é
sempre uma memória construída num instante e, porque fica, deve ser
cuidada sem ser adulterada. Um bom retrato dá-nos pistas sobre o
retratado e sobre o fotógrafo.
Em agosto visitei a magnifica exposição no Museu Nacional de Arte
Antiga, em Lisboa, Do Tirar Polo Natural, sobre o retrato em
Portugal, da pintura è fotografia, passando pela escultura e pela
arte urbana. Está lá, até 30 de setembro.