Conservação do oceano
IPS faz curso de verão
Dezasseis jovens de todo o mundo, entre a América
Latina, Ásia e o continente europeu, estiveram nos laboratórios do
Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), em julho, no âmbito de mais
uma edição do Ocean Alive Summer Course, este ano pela primeira vez
direcionado aos estudantes do ensino superior.
Ao longo de 10 dias (de 8 a 19 de julho) puderam estudar e observar
a biodiversidade marinha em plena Reserva Natural do Estuário do
Sado, pelas mãos da cooperativa de educação marinha Ocean Alive e
com um programa científico em cooperação com o IPS, nas áreas da
Biotecnologia Marinha e das Tecnologias do Ambiente e do Mar,
dinamizado pelos docentes Ana Mata e Ricardo Salgado.
O curso de verão entusiasmou quem chegou de longe, não só para
aprofundar conhecimentos académicos, mas também para dar o seu
pequeno contributo para a sustentabilidade dos oceanos. Recolher
fitoplâncton marinho em caiaque, mergulhar em apneia para
observação do recife e pradarias marinhas, aprender técnicas de
monitorização da população residente de golfinhos ou aplicar
protocolos científicos de qualidade ambiental e armazenamento de
carbono azul - foram algumas das atividades desenvolvidas, a que se
juntou a vivência de um projeto de conservação do oceano, que se
distingue pelo forte envolvimento da comunidade local.
Uma grande maioria dos participantes veio de áreas do saber como
Direito, Economia, Antropologia ou Sociologia, que não estão
diretamente ligadas às Ciências Marinhas. O que, para Ana Mata,
docente da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, é algo
"importantíssimo porque precisamos de todas estas pessoas para
apoiar a conservação e a sustentabilidade do oceano em várias
frentes. Esta é também a nossa missão: contribuir para formar
futuros líderes".