Motor

Quatro Rodas
Prevenir com um sorriso

motor.jpgA par das aventuras de "Max und Moritz" do alemão Wilhelm Busch, "The Yellow Kid" nos estados unidos e por cá as "Aventuras Sentimentaes e Dramáticas do Senhor Simplício Baptista", são consideradas histórias pioneiras da banda desenhada. Todas estas obras apareceram na segunda metade do seculo XIX, mas podem não ter sido as primeiras da história. Há quem sustente que a arte rupestre está na origem da banda desenhada dos nossos dias e que a escrita egípcia com os seus representativos hieróglifos, é uma contínua banda desenhada.

Mas, foi mesmo em meados do Seculo XIX que as imagens de vários heróis começaram a chegar às casas dos nossos antepassados, seja em tiras dos jornais ou álbuns próprios. Autores como Rafael Bordalo Pinheiro ou Georges Prosper Remi (Hergé), marcaram diferentes épocas cumprindo sempre a sua missão de nos entreter, apimentando por vezes tudo isto com a sátira socio política.

Comecei com esta pequena introdução com o fenómeno da banda desenhada, por que não resisti, trazer aqui uma situação com que me deparei, e onde a banda desenhada entrou para tentar resolver um problema. Neste caso um problema que tem a ver com os temas sobre os quais escrevo no Ensino Magazine, relacionados com o mundo motorizado.

Vou mais uma vez referir-me à sinalização das estradas. Hoje em dia, nas principais vias, são tantos os sinais que nos aparecem e a uma tal cadencia que não é fácil assimilarmos toda a informação de modo a que a possamos integrar no nosso processo de condução, tornando-o mais adequando às condições da via.

Assim para situações mais críticas, como parece ser este caso, onde é mesmo necessário que o condutor absorva a informação, deixou-se de lado a sinalização normalizada e recorreu-se à banda desenhada para passar a informação de forma mais eficiente.

Como se pode verificar no sinal da foto, pretende avisar ou lembrar os condutores que, na subida que se segue, podem encontrar camiões em marcha muito lenta, devendo por isso estar prevenidos de modo a evitarem o abalroamento aos mesmos.

Recorrer a esta forma de comunicar foi, sem dúvida, originada pela necessidade de baixar a sinistralidade daquele tramo de estrada. Não sei qual a eficácia efetiva da medida, no que respeita à redução dos acidentes, mas estou certo que a notoriedade da situação subiu os seus índices.

Trata-se de uma medida simples e criativa, que não deixará de colocar um sorriso no condutor, pela forma carinhosa como comunica. E com um sorriso a ansiedade certamente diminuirá e a segurança aumentará. Vamos pois tentar conduzir sempre com um sorriso.

Paulo Almeida
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