Universidade

UTAD e Évora assinaram
Do vinho à água

Na cerimónia de Coimbra, a UTAD assinou um protocolo para a criação de um centro de investigação dedicado ao Vinho e à Vinha, enquanto que em Évora o projeto se vai centrar na água e energia, dada a proximidade e possibilidade de aproveitamento de uma estrutura como a Barragem do Alqueva.

De acordo com o Ministério da Educação, "os memorandos, que envolvem as três instituições de ensino superior e as respetivas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR Norte, CCDR Centro e CCDR Alentejo), vão incentivar o processo de constituição de um centro de excelência numa área específica que permita não só o reforço da competência científica e tecnológica de cada Universidade, como também a sua ligação ao tecido empresarial local".

O comunicado do Ministério adianta que "a iniciativa destina-se a reforçar a qualidade de investigação e a competitividade, atraindo investigadores para territórios de baixa densidade, sendo um instrumento decisivo para fortalecer a relevância económica e social destes territórios".

António Fidalgo, reitor da UBI, recorda que "o memorando de entendimento é excelente, falta apenas o compromisso do financiamento". O reitor mostra-se agora empenhado em ultrapassar esta situação, e caso haja uma alteração na cláusula do financiamento admite assinar o memorando.

Ana Abrunhosa, presidente da CCDRC, considerou, no final da cerimónia que decorreu em Coimbra, que o centro de competências da UBI "tem de ser repensado na componente empresarial". No seu entender, e citada pela imprensa nacional, o facto de o projeto ter "uma grande ligação à PT" acarreta riscos, atendendo à "fase delicada" que a PT atravessa. Por isso adiantou que a CCDRC só estará disponível "a afetar valores quando os projetos estiverem num determinado estado de maturidade. No caso da UBI tem de se trabalhar um pouco melhor o projeto, sobretudo na componente empresarial", afirmou Ana Abrunhosa, contrariado a posição do reitor da UBI.

"O nosso compromisso é de afetar pelo menos dois milhões de euros para os dois primeiros anos", disse aos jornalistas, falando da necessidade de melhorar o projeto, "sobretudo na componente dos parceiros empresariais, que são fundamentais".

Uma posição que o reitor da UBI não compreende: "Como pode haver falta de maturidade do projeto, quando havia disposição da CCDRC em o assinar e em ter sido escolhida a nossa universidade para a cerimónia oficial?", questionou.

 
 
 
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